Meus versos sacodem
E eclodem
Nas paredes de um sentimento bom
Eu revivo a temperatura da sua voz
E reencontro o tom
Na foz do meu desejo
Nosso beijo vira som
O meu poema fica manso
E dorme entre folhas n'água e reflexos escuros prateados
Dissolve de nós os cadeados
E os céus se refazem
Na palma da sua mão
Eu componho mentalmente
Uma cena inteira
Com você ali em pé
Perto da pia
Lavando os meus olhos com seu sorriso