É o meu sono
Que vive perdido
Porque minha mente
Incansavelmente
Se embaraça
E não tem cachaça
Pra descer meus gritos vivos
Escrevo
Porque não cabe em um copo
A minha angústia
Transborda até em folha
Mas a poesia
Não me deixa escolha
Como água descendo no ralo do banheiro
Me vou
Poesia abaixo
Minha alma já não cabe em mim
E não me deixa em paz
Mas eu prefiro assim
Toda alma que se preze
Tem de ser capaz
De viver em cinese