A chuva deixou uma poça d'água
No meio do asfalto
E os carros e motos que por ali passaram
Fizeram traços
E desenharam um olho meio do asfalto
Os reflexos ondulosos na água
Repetiam o brilho de um olho
Como se o chão estivesse me olhando
Como se soubesse que só eu havia reparado
Dentre tantas outras pessoas
Carros e motos
Era como se a arte
Tivesse encarnado
Numa das manhãs mais pálidas de Teixeira de Freitas