12/01/2011 3

Calor

By Almi Junior



Da porta para fora
Um calor denso e pesado
Se apodera do meu rosto
Calor sagrado
Lembranças do gosto
Dos lábios
Caminhando pelo corpo
Entre os dentes, fome
Sussurro
Sopro

Da porta para dentro
Um calor ainda mais denso
Mais pesado
Desnorteado
Pareço sedento
Tento
Mas sua voz não me deixa respirar
Nem andar
Sua boca é meu único alimento

Perdi as contas
De quantas vezes você venceu
E se não posso te vencer
Fecho a porta:
Serei de novo seu.

3 Responses to “Calor”

  1. que surpresa esse blog!
    andou escondendo seus poemas na gaveta?

    esses dias eu tava lembrando do "Flouxentina Com Café"
    altas bagunças...

    abraço!

  2. F. L. says:

    "E ela não se cansava de ser inspiração"

    A inspiração não se cansa de recorrer a você, rs.
    Esse poema (como todos os outros) são íncriveis. Apresentam uma sensibilidade singela, porém aguçada. Adorei.

  3. Às vezes é preciso bater com a porta...
    Excelente poema. Gostei.
    Tem uma boa semana.
    Abraço.

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