Vi uma flor dançar na chuva
E se transformar em mulher
A cada gota que deslizava
Cada pétala se tornou pele
Virou vestido
E ela girava
Como ave estranha no ninho
Surgia entre os cabelos molhados
Um sorriso incomum
Uma imagem desconhecida
Mas tão familiar
Vontade de estar perto
E ver além das pétalas
De estar na chuva
E ver aquela mulher ser flor
Tão linda
Tão incompreendida
Tão incompreensivelmente linda
E tudo aconteceu
Como em um sonho
Não consigo diferenciar as cores
Os perfumes
E não consigo descrever perfeitamente o seu sorriso
É tudo tão sagrado
E tão estranho
Mas estranhos são os olhos
Que ainda não foram feitos pra te ver
Estranho é o ninho
Que não comporta você
Nunca pensei que a chuva
Me causaria todas essas alucinações
Chuva tem mania de virar poesia.
"Mas estranhos são os olhos
Que ainda não foram feitos pra te ver"
Qualquer flor que vira mulher e dança na chuva, causa aluncinações... menos aos cegos... rsrs...
Magnífico. Gostei deste poema e de mais 4 ou 5 que li.
Um abraço.
Vindo de ti isso vale muito para mim.
Muito obrigado por isto e por ter vindo ao meu blog. rs
Abraços