Archive for fevereiro 2013

2/21/2013 1

Contato

By Almi Junior


Desconheço o caminho
Que tem por baixo da cor
Da sua pele
Desconheço as estradas
Que se cruzam
Quando nossos olhares se cruzam

Me atrapalho
E entrelaço os ponteiros
Quando nossas pernas se entrelaçam
Misturo o nosso hálito
Quando nossos pelos se misturam

Terminamos feito receita secreta
Dessas que não se passa a ninguém

Um pouco disso e daquilo outro
E você vem
Colocando sonhos na minha boca
Pra eu ir provando antes de ficar pronto

2/19/2013 3

Gigante

By Almi Junior


Com uma flor no cabelo
E um olhar esverdeado
Ou azul
Derrama sua graça
Pra todo lado
Seu jeito exagerado
Sua timidez hiperativa
Seu lugar está guardado
Em minha memória ativa
Porque desde que você ficou longe
Aquela música permaneceu em pause
E ficou tatuado nas paredes da minha cabeça
Com seu sotaque tão seu
A saudade virou frase
Até meu bloco na avenida entristeceu
Seu estado cabe dentro do meu
Meus olhos cabem dentro dos seus
Mas onde eu guardo
Todo amor que me deu?

2/18/2013 0

Oração de acalmar

By Almi Junior


Deste momento em diante
Desligo todos os aparelhos
E qualquer um desses apetrechos
Que me impeçam de petrificar-me
No espelho dos seus olhos
Cesso aqui e agora
E que vá embora
Qualquer utensílio
Ou recurso fajuto
Que me retire do reduto
Da minha loucura
Eu navego como quem procura
Estar sempre ao redor

E a minha poesia vai ficando pior
Cada vez que troveja em alto mar
Nessas horas o medo é maior
E a gente olha pro alto
Procura orar
Pra ver se diminui a braveza do mar
A solidão no quintal
A escuridão do céu
O vendaval
A saudade,
Invedável

2/05/2013 1

Caminho cego

By Almi Junior


Me enxergo apenas
Reflexo de pequenas sombras
De escombros
Deixados em um depois breve
Sinto o vento leve
Me derrubar como uma pena
Em um lampejo
Eu me vejo
Como quem se percebe
Atrás dos dias
Com todas as confusões
Profusões intermináveis
E agonias
Todas as lâmpadas do céu
Formam o véu
Que traz de volta as suas cores
E a inconsciência
Me faz onde pisar
Mesmo que tortuoso
E cheio de pedras
É neste chão incerto
Que sempre vou andar
Placas e sinais
Essas coisas normais
Não tenho coragem de seguir

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